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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

DOR

Dor

Introdução

Quando você encosta a mão em uma chapa quente acidentalmente, por um milésimo de segundo, você instantaneamente retira sua mão, antes mesmo de ter consciência da dor. Por que isso acontece?

Você tem receptores de dor por todo o corpo, tanto fora quanto dentro dele. Estes receptores enviam mensagens elétricas por sua medula espinhal e esta manda estas mensagens ao cérebro. Você só se dá conta da dor depois que seu cérebro recebeu e interpretou estas “mensagens” elétricas. Em alguns casos, como quando você toca na chapa quente, o corpo pode se mover bruscamente, como uma ação defensiva, antes do cérebro saber o que está acontecendo. Isso ocorre porque as mensagens de dor que alcançam a medula espinhal podem causar uma resposta reflexa automática, fazendo os músculos próximos da fonte do contato da dor sejam retirados para longe dessa fonte.

Os receptores de dor e suas vias de transmissão nervosa diferem ao longo do corpo. Dessa forma, a sensação de dor difere, também, dependendo de onde a mensagem tenha vindo e de como ela é transmitida. Às vezes, a fonte de dor é difícil de localizar. Por exemplo, algumas pessoas sentem a dor de um ataque do coração no pescoço ou no queixo. As pessoas também são diferentes na capacidade de tolerar a dor e em como elas respondem aos medicamentos analgésicos. Esta reação está diretamente relacionada aos aspectos emocionais da pessoa e a sua constituição de personalidade.

A Dor é classificada em dois tipos:

● Dor aguda:

v Normalmente tem uma causa conhecida,

v Começa de repente,

v Não dura muito tempo,

v Pode aumentar a freqüência cardíaca, a freqüência respiratória e a pressão sanguínea.

A Dor aguda é geralmente útil. É um sinal claro de perigo. Exemplos incluem o ato de tocar uma superfície quente, arranhar o dedo do pé ou ser cortado.

· Dor crônica:

v Normalmente dura um mês ou mais, mas pode durar anos

v Pode começar e melhorar muitas vezes ou pode permanecer constante

v Pode perturbar o sono, diminuir o apetite e causar depressão

v Freqüentemente tem pequeno ou nenhum efeito na pressão sanguínea, na freqüência cardíaca ou respiratória

A Dor crônica pode extrapolar sua utilidade; a mensagem foi enviada e foi recebida ao cérebro, mas continua a ser enviada sem ter um objetivo benéfico. Exemplos incluem a artrite, a dor do câncer e a dor nas costas.

Quadro Clínico

A Dor é um sintoma. A dor aguda tem freqüentemente uma fonte clara. A dor crônica é mais persistente e pode durar meses ou anos, e pode ou não ter uma causa óbvia.

Diagnóstico

Para diagnosticar a causa da dor, os médicos tentam normalmente determinar sua intensidade e qual a sua causa. Isto pode ser um desafio. Nenhum exame de laboratório pode provar que a dor existe, e descrever a dor em palavras pode ser difícil. Além disso, cada pessoa experimenta a dor de forma diferente.

O médico poderá fazer perguntas a respeito da história da dor. Ele pode lhe pedir que descreva sua dor usando uma escala de 0 (nenhuma dor) a 10 (dor insuportável), ou usa uma escala de cores. Uma vez o médico tenha determinado se sua dor é aguda ou crônica, e descobre a fonte da dor, ele poderá saber a melhor maneira de tratá-la. Porém, os médicos freqüentemente começam a tratar a dor antes de identificarem sua causa, para diminuir o sofrimento do paciente.

Prevenção

Tentar prevenir a dor antes dela começar pode ser perigoso. A dor aguda é uma mensagem importante e é essencial à sobrevivência. Algumas pessoas nascem com um distúrbio raro (analgesia congênita) e não sentem dor. Essas pessoas vivem sob grande risco pois perdem os sinais de aviso que poderiam significar vida ou morte.

Uma vez a causa da dor é diagnosticada, torna-se possível impedir que ela volte. Por exemplo, uma pessoa diagnosticada com uma desordem gástrica pode mudar sua dieta para ajudar a prevenir a dor.

Tratamento

O médico provavelmente irá optar por tratar a dor antes de diagnosticar sua causa. Muitos medicamentos são úteis, entretanto o quão bem eles funcionam depende do paciente e da natureza da dor.

Os Analgésicos são os remédios mais comuns usados no tratamento da dor. O Acetaminofen (Tylenol e outras marcas) interfere com a transmissão das “mensagens” de dor. A Aspirina e o Ibuprofeno funcionam de dois modos: 1) interferindo com a transmissão das mensagens de dor, e 2) reduzindo a inflamação, o inchaço e a irritação que podem piorar a dor.

Medicamentos narcóticos usados para aliviar a dor, como a morfina e a codeína, são os tratamentos mais poderosos contra a dor. Eles normalmente são reservados para as dores mais intensas. Eles podem causar efeitos colaterais sérios, podem viciar e freqüentemente causam constipação.

Outros remédios como os anestésicos, os antidepressivos, os anticonvulsivantes e os corticóides podem funcionar contra certos tipos de dor.

Às vezes os medicamentos são diretamente injetados na região da dor ou próximos de um nervo para interromper o sinal de dor.

Tratamentos não medicamentosos para combater a dor incluem:

Acupuntura
Massagens
Relaxamento
Psicoterapia
Excitação elétrica nervosa transcutânea (TENS) que usa impulsos elétricos para estimular as terminações nervosas (local onde se recebe os estímulos nervosos) ou próximo do local da dor.
Os tratamentos não medicamentosos podem ser especialmente úteis para pessoas com dor crônica. Em alguns casos, estes tratamentos podem estimular analgésicos naturais, chamados de endorfinas, que são criadas dentro do próprio corpo. Em outros casos, os tratamentos não medicamentosos trabalham diretamente nos nervos para interferir na transmissão das mensagens de dor. Às vezes, não fica claro por que a dor se interrompe.

Qual médico procurar?

Dor significa que algum problema existe. E como as pessoas toleram de diferentes graus diferentes tipos de dor, você nunca deve ignorar sua dor. Consulte um clínico geral se você não consegue determinar por que você está sentindo dor, se a dor continua, ou se não responde aos tratamentos simples.

Prognóstico

Para pessoas com dor aguda, a perspectiva normalmente é boa. Muitos remédios são efetivos no alívio da dor. Quando a causa da dor é afastada, ela tende a desaparecer.

Pessoas com dor crônica podem passar por um período muito difícil. As fontes de dor podem ser difíceis de achar e de tratar, e a dor pode continuar até mesmo depois que sua causa foi diagnosticada. A dor crônica pode causar complicações como desordens do sono, perda de apetite e depressão. Os médicos estão aprendendo mais sobre as causas e o tratamento da dor crônica, mas quem sofre de dor crônica pode precisar aprender a conviver por muito tempo com a dor. Mudanças no estilo de vida e tratamentos não medicamentosos poderão ajudar no dia a dia.
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Publicado por
Informedicals Policlin

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